Uma das primeiras propostas da IoT surgiu nos “ITU Internet Reports 2005: The Internet of Things. Esse relatório dividiu a arquitetura da IoT em três camadas: detecção, rede e aplicativo.
Enquanto a Internet eleva consideravelmente as interações entre as pessoas, a IoT aumenta as interações das pessoas com os objetos e entre os objetos. As duas primeiras camadas representam o acesso aos dados do objeto via RFID, códigos de barras e sensores; as redes wireless e a Internet os convergem em um fluxo de dados em tempo real. O terceiro nível envolve o gerenciamento dos serviços e aplicativos; a tecnologia de cloud computing processa e analisa a massa de dados, controlando, de forma inteligente, os objetos e aparelhos presentes na vida cotidiana.
Para demonstrar o seu funcionamento no mundo real, em 2010, o Haier Group lançou seu primeiro refrigerador adaptado para a IoT. Ele não apenas armazena os alimentos, mas também pode identificar as informações sobre tais itens e fornecer recomendações nutricionais. Ele também pode se conectar aos bancos de dados dos supermercados para garantir que um determinado item seja solicitado e entregue quando necessário. O Presidente do Industrial Automation Group (Grupo de Automação Industrial) da Advantech, Ming-Chin Wu, havia afirmado, anteriormente, que o auge da IoT e do cloud computing começaria em 2010. Conforme o conceito da IoT amadurece, os aparelhos domésticos serão conectados, criando assim um estilo de vida mais inteligente.
Um Universo de Oportunidades
Ao tentarmos prever a próxima ‘sensação’ do mundo da tecnologia, poderíamos observar a IoT, visto que ela se estende às indústrias, incluindo o monitoramento ambiental inteligente, prédios, residências, transporte e serviço de saúde inteligentes. De acordo com a previsão da Forrester Research, as receitas mundiais provenientes da IoT serão equivalentes a trinta vezes às da Internet, tornando-a a próxima indústria de comunicações na casa dos trilhões que interligará uma centena de bilhões de dispositivos até 2020.
Para tirar proveito das próximas oportunidades de negócios, muitos governos listaram as iniciativas da IoT em seus programas nacionais de concessões e fizeram grandes investimentos para incentivar o seu desenvolvimento. Em 2008, Barack Obama, pouco antes de ser eleito presidente dos EUA, propôs um programa nacional de IoT para revitalizar a economia. A UE, em junho de 2009, apresentou seu plano de políticas de IoT. O Japão expandiu o e-Japan para o i-Japan através da implementação da sua banda larga, gerando uma sociedade totalmente interligada. Na segunda metade de 2009, o governo chinês escolheu a cidade de Wuxi como seu primeiro IoT center e o 12º Plano de Cinco Anos da China também incluiu a promoção e o desenvolvimento da IoT.
Nesse meio tempo, os fornecedores se prepararam para essa indústria em rápido crescimento. No entanto, os aplicativos de grande porte ainda são uma realidade distante devido ao fato de o modelo de negócio estar em um estágio inicial e à falta de normas técnicas. O chefe de pesquisas de IoT da IBM, Wang Yun, afirmou recentemente que o desenvolvimento da IoT excederá, de longe, o uso atual da Internet, especialmente na localização de alimentos, serviços de saúde, cidades inteligentes, proteção ambiental e economia de energia. Porém, as questões relacionadas ao estabelecimento de normas, o enorme custo da computação e análise dos dados e os problemas da divisão digital devem ser tratados primeiro. Obviamente, é difícil prever exatamente quando a IoT alcançará sua maturidade. Mas na medida em que os serviços e tecnologias forem estabelecidos, você estará pronto para tirar proveito deste paradigma de mudança conforme ele ocorre.